Refração do Eu

Se essa exposição te deixou intrigado, ou te chamou atenção de alguma forma, que tal ficar mais um pouquinho e descobrir a ideia que deu vida a essa sala? 

Mergulhando nessas próximas linhas você vai entender o que se passava na cabeça do Autor idealizador de tudo isso, quando essa exposição era apenas uma ideia…

Linhas vermelhas, reflexos, luz e sombra…
Cada elemento desta sala foi estrategicamente pensado para conduzir o seu olhar para um lugar de encontro: Dentro de você!

Sabe aquela sensação que, de vez em quando, aperta o peito?
Aquela que não dá pra explicar… como se um vazio gritasse dentro de nós por algo que se perdeu. Não sabemos ao certo se buscamos algo, alguém… ou a nós mesmos. A única certeza é que o que procuramos já não está mais lá.

E, mesmo sem ter certeza, seguimos em busca. Vasculhamos, remendamos, e às vezes até acreditamos ter encontrado o que faltava, até perceber que o vazio permanece… VAZIO!

Mas, e se em vez de olhar apenas para o que se perdeu, tentássemos compreender “quando” esse algo se perdeu? Talvez o grito do peito não seja apenas pelo vazio… mas pelo caminho que nos levou até ele.

Cada espelho desta sala guarda pistas desse “quando”: marcas de rejeição, abandono, palavras distorcidas que você acreditou serem verdades, medos guardados, tristezas disfarçadas em falsa alegria, cicatrizes que ainda latejam e o orgulho que insiste em admitir que não há um vazio.

Cada um deles estava perpassado por fios vermelhos, por cordas de amor, por uma estrutura que envolvia cada um desses espelhos e permitia que todos eles permanecessem suspensos por mais que carregassem muitas marcas.

Ao encarar seu reflexo nesses espelhos, você não apenas se viu:  Você contemplou um turvo vislumbre daquilo que se procura… Mas  porque turvo? Porque esses espelhos não estavam permeados por luz!

No centro da sala da exposição “Refração do Eu” se localizava um grande espelho que refletia sua figura (muito bela por sinal) de forma clara pois estava iluminado por uma forte luz!

Acima dele, lia-se uma pergunta: “Um espelho só revela uma clara imagem quando permeado por alguma luz… Que luz tem permeado sua existência e revelado o seu verdadeiro Eu?”

Uma pergunta um tanto quanto intrigante, não? E se eu te dissesse que na verdade a resposta para aquilo que tanto buscamos encontrar se concentra nesta placa?

A luz, no final das contas, é o que revela e nomeia esse vazio! É o que conduz cada um dos espelhos marcados a um novo restaurado e emoldurado de vermelho… O que tanto se procura, só pode ser achado quando encontramos uma identidade. Identidade essa que revela o tamanho e forma do vazio. Identidade essa que foi costurada e conduzida à luz, por uma linha vermelha em cada ponto dessa sala!

Mas, que linha é essa?

Sem a linha vermelha, os espelhos não tinham como ser sustentados, correto? Da mesma forma, sem ela toda a nossa essência estaria em ruínas. Pense que, para a plenitude do Eu existir, é necessário uma conexão direta com essa fonte de Luz. Onde encontramos essa fonte de Luz?

O céu não é apenas o espaço infinito onde os astros se movem. Na filosofia, ele também representa um lugar ou estado de felicidade, harmonia e bem-estar completo, o verdadeiro paraíso. E adivinha? O céu revela a nossa principal fonte de luz: o sol.

E se eu te falasse que não é necessário ir até o céu? O céu decidiu vir até nós. Existe uma fonte que traz luz, seja para o nosso interior, seja para iluminar nossos pés como uma lâmpada. Essa mesma luz vasculha todo o nosso o nosso ser, revelando quem verdadeiramente somos.

Essa fonte está disponível gratuitamente e ela está nas entrelinhas desse texto e até mesmo da exposição, em tudo se permeia a linha vermelha. Essa linha é o que veio do céu para terra, é uma linha de amor. Tudo o que estava quebrado e fragmentado foi costurado por essa linha.

Essa linha se verteu e percorreu toda sua história. Começou com o primeiro espelho e te conduziu até este ponto. Se você chegou até aqui, compreenda que sua vida tem um propósito. Você tem uma bela história e ela deve ser lida!